Para
os mais críticos começo dizendo que esse artigo tem mais a ver com a
relação entre os sentidos e o amor do que com a deficiência em si.
Pessoalmente não conheço alguém com as duas deficiências em simultâneo,
mas após me lembrar de alguém por quem me apaixonei pelo telefone pensei
comigo mesmo: ta certo que ainda não a tinha visto mas me apaixonei
pela sua voz, humor e talento na conversação, mas e se eu não pudesse
ouvi-la, como seria? É possível sim se apaixonar por alguém que não
pode-se ver e nem ouvir, apenas tocar, sentir seu cheiro e abraço. O
amor é algo tão complexo que ultrapassa qualquer barreira mesmo a
comunicação oral e contacto visual, não acreditam? Ora vejamos: como
podes saber que um gato ou cahorro gosta de ti?, vendo suas atitudes, o
abanar do rabo, o saltitar e coisas como essas, e do mesmo jeito o
animal percebe que o dono tem carinho por ele, por mais que não entenda
nossa linguagem, se tentares fechar os olhos e tocar em alguém que amas
em silêncio sentirás que os restantes sentidos são tão fortes quanto os primeiros. A barreira da comunicação é vencida pela vontade humana
de o fazer, ela é intuitiva, a gente se comunica até nos passos, quando
estamos andando com alguém eles se sincronizam, existe também a
linguagem braile, o tacto e as recentes teconologias para ajudar as
pessoas incapazes de o fazer pela voz.
O problema talvez seja mesmo o primeiro contacto, o caminho até a paixão, isso pode requerer uma grande mãozinha do destino, mas quem é que não precisa?
O problema talvez seja mesmo o primeiro contacto, o caminho até a paixão, isso pode requerer uma grande mãozinha do destino, mas quem é que não precisa?
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